Os deputados que integram a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa receberam nesta quinta-feira (06/06) os diretores da Celpa. A reunião foi solicitada pelo deputado Carlos Bordalo (PT), que preside a comissão, para ouvir da empresa esclarecimentos sobre os serviços prestados pela concessionária à população no Pará.
Um dos pontos questionados é a mudança do padrão de medição de consumo que a Celpa pretende adotar, com a eliminação gradativa dos ‘Olhões”- medidores nos postes, e a instalação de novos medidores na casa dos consumidores, como era feito antes. A dúvida é se a mudança vai causar prejuízos aos consumidores.
“Queremos saber se a população será penalizada, arcando com os custos dessa mudança, e quais as razões técnicas e financeiras para retomar a medição nas casas”, explicou o deputado Carlos Bordalo.
Um grupo de moradores da comunidade Agua Cristal, em Belém, e de municípios do interior também acompanharam a reunião.
O diretor comercial da Celpa, Augusto Dantas, explicou que a mudança é necessária para melhorar o atendimento. Segundo ele, o tempo de vida útil do equipamento instalado no poste é 60% menor, além de dificultar a localização da unidade consumidora e a leitura mensal. Com o novo padrão, instalado nas casas, a vida útil será de dez anos e vai garantir mais segurança na leitura e acompanhamento do consumo de cada morador. “Esta mudança será gradativa e gratuita para as residências já atendidas”, afirmou Augusto Dantas. “Apenas em unidades novas o proprietário terá que arcar com a nova instalação do padrão. A Celpa dará o medidor de consumo sem custos”, explicou.
Os diretores da concessionária também apresentaram aos deputados outras medidas para melhorar o atendimento, como a ampliação do atendimento nos postos da empresa. “Mesmo assim, ainda temos 76 mil reclamações pendentes do mês de abril”, disse o diretor comercial.
Segundo ele, atualmente o Pará possui 85% de unidades consumidoras residenciais que correspondem a 40% do consumo de energia no estado. As unidades industriais são apenas 0,20%, mas consomem 19% da energia distribuída. “É um momento de recuperação da empresa e estamos nos esforçando em fazer novos investimentos, mas é difícil. De cada 100 reais pagos, apenas 26 reais ficam para a Celpa investir, expandir e ter lucro”, afirmou Augusto Dantas.
Os representantes da Celpa também explicaram como está o andamento do programa Luz para Todos, retomado neste ano.
O presidente da Alepa, Márcio Miranda, que participou de toda a reunião, lembrou que “somos constantemente provocados pela sociedade por conta de diversos problemas. Tudo que ecoa na sociedade chega à Assembleia Legislativa. Por isso, é importante ouvir o que a Celpa tem a esclarecer”, avaliou Márcio Miranda. “Torcemos para que esses investimentos anunciados sejam bem sucedidos, porque mexe com a vida da população no Pará”, concluiu o presidente. (Fonte: Imprensa ALEPA)
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