Valmir Climaco de Aguiar (PMDB), prefeito de Itaituba, no oeste do Estado, foi afastado por suspeita de corrupção. Valmir era a figura central em uma Ação Civil Pública movida pelo promotor Maurim Lameira Vergolino, da 2ª Promotoria da Comarca Local. A ação é resultado de uma seqüência de investigações que vinham sendo desenvolvidas desde a primeira quinzena do mês passado, quando foram feitas diversas denúncias, principalmente por parte de mototaxistas ligados a cooperativas, um sindicato e uma associação que representa a categoria no município.
O prefeito, agora afastado, foi apontado como mandante da liberação de veículos irregulares que foram apreendidos em fiscalizações realizadas pela Coordenadoria Municipal de Trânsito (Comtri). A primeira denúncia foi feita pelo diretor de Circunscrição da Comtri, Edílson Oliveira, e reforçada por declarações do diretor da Coordenadoria, Benecleide de Sousa Batista, e do agente Jorge Augusto Silva Santos. Ambos foram afastados por decisão do prefeito Valmir Climaco, que já anunciou ter substitutos para ambos.
O Ministério Público achou por bem mover a ação que culminou com o afastamento do prefeito pelo prazo de 180 dias. A decisão interlocutória que oficializa o afastamento do prefeito de Itaituba foi assinada pelo juiz da 1ª Vara Cível da Comarca, Gleucival Zeed Estevão. No despacho, o magistrado deferiu parcialmente a tutela de urgência requerida pelo Ministério Público e afastou o prefeito, determinando que assuma seu lugar o substituto legal. Com isso, considerando que o vice-prefeito de Itaituba, Edir Pires, teve seu mandato cassado na semana retrasada por conta de uma ação judicial movida pelo seu partido de origem (PSDB) com base na lei de fidelidade partidária. Assume a prefeitura o presidente da Câmara Municipal, vereador João Bastos “Cebola” Rodrigues.
A reportagem do Diário fez contato com o prefeito Valmir Climaco. Ele disse que não havia sido informado da decisão e está aguardando ser notificado. Só então deverá conceder entrevista coletiva à imprensa para comentar o caso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário