Ver-o-Peso é um dos principais cartões postais de Belém (Foto: Divulgação)
Apenas onze anos mais novo do que Belém, o principal cartão postal da capital paraense, o Complexo do Ver-o-Peso - eleito como uma das Sete Maravilhas do Brasil - vai completar 384 anos de fundação, neste domingo (27). A feira livre será homenageada com uma grande festa a partir das 7hs, com a alvorada de fogos e com os “Parabéns” às 21hs, para encerrar a festa.
Feirantes, comerciantes, clientes, turistas e a população em geral, poderão desfrutar de várias ações durante o dia. Entre as atividades estão jogos de tabuleiro e de salão; oficinas recreativas e de arte; orientações sobre DST/AIDS, câncer de próstata, mama, útero e hipertensão – com aferição da pressão arterial; escovação de dentes supervisionada com aplicação de flúor; corte de cabelo e hidratação capilar; além da apresentação de grupos de dança parafolclórica.
O Ver-o-Peso também terá concursos de danças folclóricas e de talentos. E com o sucesso do aniversário do ano passado, mais uma vez será promovida as Olimpíadas do Ver-o-Peso. Os feirantes participam de provas onde são utilizados os próprios produtos que eles comercializam nas feiras do complexo. Terá ainda o Concurso de Gastronomia; entrega da Comenda Amigo do Ver-o-Peso, promovida pela Associação de Feirantes do Ver-o-Peso; os “Parabéns” ao aniversariante e o corte do tradicional bolo com 20 metros de comprimento e sabor de açaí; show com vários artistas locais; e o Baile dos Feirantes.
ECONOMIA
Os números confirmam: a magnitude do Ver-o-Peso está presente em todas as abordagens do complexo. Seus 384 anos de existência narram histórias registradas nos quase 30 mil metros quadrados de área da maior feira livre a céu aberto da América Latina. Lá, cerca de cinco mil pessoas transitam em 12 diferentes setores econômicos, espalhadas pelos mercados de peixe, de carne, e nas áreas de alimentação e do açaí.
Segundo análises do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o fluxo de pessoas e produtos registrou altos índices em 2010. Somente a Feira do Açaí comercializou aproximadamente 30 toneladas do fruto, movimentando receita importante para o desenvolvimento do Estado.
No caso do pescado, os números são ainda maiores. Respondendo por 20% de toda a produção nacional, o Pará comercializa uma média de 180 mil toneladas de pescado ao ano, sendo que parte desta quantia escoa diariamente pelo complexo do Ver-o-Peso. A estimativa é de que, por dia, cheguem ao local entre 80 a 100 toneladas de pescado, chegando a 160 toneladas por ocasião da Semana Santa. Entre 12 e 15 toneladas são comercializadas diariamente no próprio mercado do Ver-o-Peso nos seus 66 talhos e o restante é distribuído entre abastecimento dos mercados locais e exportação. Quem visita o espaço se depara com cerca de 40 tipos diferentes de pescado, como a dourada, filhote, tamuatá, corvina, cação, enxova, pratiqueira entre outros.
PRODUTOS
Democrático, o complexo também oferece espaço para outros produtos. No caso da farinha, são quase 30 vendedores comercializando por dia entre 4,5 mil a 5,0 mil quilos, com uma média mensal em torno de 140 mil/kg e quase 100 toneladas ao ano.
Um volume semelhante de vendas é registrado pelos hortifrutigranjeiros. Ainda segundo o Dieese, estima-se que 30 toneladas de hortaliças, legumes e produtos saiam mensalmente da feira. Quase 80 verdureiros oferecem cerca de 10 mil maços de verdura por dia a preços que variam de R$ 0,50 e R$ 1 a unidade.
HISTÓRIA
Localizado no Centro Histórico de Belém, o Ver-o-Peso se chamava Porto Piry, no início, em 1627. Foi oficialmente criado por meio de um decreto da Câmara Municipal, com o nome “Lugar de Haver-o-Peso”, em 1688. A partir da Carta Régia, o espaço passou a representar formalmente a economia da Capitania do Grão Pará e adquiriu, em definitivo, o papel de espaço social, econômico, histórico, e urbanístico de Belém. A maior feira livre da América Latina começou com um ancoradouro simples, onde embarcações de todo o mundo aportavam na Baía do Guajará, formada pelos rios Guamá, Moju e Acará. Obras arquitetônicas históricas não faltam ao complexo. Lá foram erguidos o Mercado Municipal de Carne, planejado por Francisco Bolonha; o Solar da Beira, construção em estilo neoclássico, onde funcionava a antiga fiscalização municipal e atualmente é usado como espaço cultural; a Praça do Relógio e a Feira do Açaí.
No decorrer do século XX, notadamente nas primeiras décadas, durante a administração do intendente (prefeito) Antonio Lemos, foi erguido o Mercado de Ferro; reformado o Mercado Municipal Francisco Bolonha; e instalados o primeiro necrotério da cidade e o prédio da Bolsa de Valores do Pará - demolida em 1930 para dar lugar à Praça do Relógio. Na época, foi feito um estudo para implantar um entreposto comercial. Foram retirados os trapiches de madeira, aterrada a praia e construído o porto de Belém - foi explorado inicialmente pela Port of Pará & Co. A partir de 1980 houve várias intervenções no Ver-o-Peso até chegar ao estágio atual, no século XXI, com a conhecida arquitetura arrojada. Todo o conjunto arquitetônico e paisagístico do Ver-o-Peso foi tombado em 1977, pelo Instituto Histórico e Arquitetônico Nacional (Iphan).
O Ver-o-Peso também terá concursos de danças folclóricas e de talentos. E com o sucesso do aniversário do ano passado, mais uma vez será promovida as Olimpíadas do Ver-o-Peso. Os feirantes participam de provas onde são utilizados os próprios produtos que eles comercializam nas feiras do complexo. Terá ainda o Concurso de Gastronomia; entrega da Comenda Amigo do Ver-o-Peso, promovida pela Associação de Feirantes do Ver-o-Peso; os “Parabéns” ao aniversariante e o corte do tradicional bolo com 20 metros de comprimento e sabor de açaí; show com vários artistas locais; e o Baile dos Feirantes.
ECONOMIA
Os números confirmam: a magnitude do Ver-o-Peso está presente em todas as abordagens do complexo. Seus 384 anos de existência narram histórias registradas nos quase 30 mil metros quadrados de área da maior feira livre a céu aberto da América Latina. Lá, cerca de cinco mil pessoas transitam em 12 diferentes setores econômicos, espalhadas pelos mercados de peixe, de carne, e nas áreas de alimentação e do açaí.
Segundo análises do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o fluxo de pessoas e produtos registrou altos índices em 2010. Somente a Feira do Açaí comercializou aproximadamente 30 toneladas do fruto, movimentando receita importante para o desenvolvimento do Estado.
No caso do pescado, os números são ainda maiores. Respondendo por 20% de toda a produção nacional, o Pará comercializa uma média de 180 mil toneladas de pescado ao ano, sendo que parte desta quantia escoa diariamente pelo complexo do Ver-o-Peso. A estimativa é de que, por dia, cheguem ao local entre 80 a 100 toneladas de pescado, chegando a 160 toneladas por ocasião da Semana Santa. Entre 12 e 15 toneladas são comercializadas diariamente no próprio mercado do Ver-o-Peso nos seus 66 talhos e o restante é distribuído entre abastecimento dos mercados locais e exportação. Quem visita o espaço se depara com cerca de 40 tipos diferentes de pescado, como a dourada, filhote, tamuatá, corvina, cação, enxova, pratiqueira entre outros.
PRODUTOS
Democrático, o complexo também oferece espaço para outros produtos. No caso da farinha, são quase 30 vendedores comercializando por dia entre 4,5 mil a 5,0 mil quilos, com uma média mensal em torno de 140 mil/kg e quase 100 toneladas ao ano.
Um volume semelhante de vendas é registrado pelos hortifrutigranjeiros. Ainda segundo o Dieese, estima-se que 30 toneladas de hortaliças, legumes e produtos saiam mensalmente da feira. Quase 80 verdureiros oferecem cerca de 10 mil maços de verdura por dia a preços que variam de R$ 0,50 e R$ 1 a unidade.
HISTÓRIA
Localizado no Centro Histórico de Belém, o Ver-o-Peso se chamava Porto Piry, no início, em 1627. Foi oficialmente criado por meio de um decreto da Câmara Municipal, com o nome “Lugar de Haver-o-Peso”, em 1688. A partir da Carta Régia, o espaço passou a representar formalmente a economia da Capitania do Grão Pará e adquiriu, em definitivo, o papel de espaço social, econômico, histórico, e urbanístico de Belém. A maior feira livre da América Latina começou com um ancoradouro simples, onde embarcações de todo o mundo aportavam na Baía do Guajará, formada pelos rios Guamá, Moju e Acará. Obras arquitetônicas históricas não faltam ao complexo. Lá foram erguidos o Mercado Municipal de Carne, planejado por Francisco Bolonha; o Solar da Beira, construção em estilo neoclássico, onde funcionava a antiga fiscalização municipal e atualmente é usado como espaço cultural; a Praça do Relógio e a Feira do Açaí.
No decorrer do século XX, notadamente nas primeiras décadas, durante a administração do intendente (prefeito) Antonio Lemos, foi erguido o Mercado de Ferro; reformado o Mercado Municipal Francisco Bolonha; e instalados o primeiro necrotério da cidade e o prédio da Bolsa de Valores do Pará - demolida em 1930 para dar lugar à Praça do Relógio. Na época, foi feito um estudo para implantar um entreposto comercial. Foram retirados os trapiches de madeira, aterrada a praia e construído o porto de Belém - foi explorado inicialmente pela Port of Pará & Co. A partir de 1980 houve várias intervenções no Ver-o-Peso até chegar ao estágio atual, no século XXI, com a conhecida arquitetura arrojada. Todo o conjunto arquitetônico e paisagístico do Ver-o-Peso foi tombado em 1977, pelo Instituto Histórico e Arquitetônico Nacional (Iphan).
FONTE: DOL - DIÁRIO ONLINE
De bonito esta feira só tem a foto, pois não passa de um amotoado de lixo.
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