Algumas coisas podem explicar o que aconteceu em Marabá na madrugada deste domingo (7). Além do lixo acumulado nas galerias e esgotos (na maioria das vezes jogado pela própria população) e da demora na coleta do lixo por parte do poder público, as construções irregulares (fato histórico na cidade) também contribuem para os alagamentos. Mas o grande “vilão” (se pode ser chamado assim) foi mesmo a quantidade de água que desabou sobre a cidade durante toda a madrugada.
De acordo com informações do Instituto de Nacional de Meteorologia (Inmet), a precipitação de chuva ultrapassou a 150 mm. Isso é mais do que o esperado em seis meses para Marabá. “A forte chuva é resultado de um sistema de baixa pressão e a convergência de umidade da região Norte, que resultou na formação de grandes áreas de instabilidade”, diz o Inmet.
Nesta segunda-feira (8) o prefeito João Salame concede entrevista coletiva à Imprensa para falar sobre as providências tomadas nas áreas atingidas pelos alagamentos no último domingo. A coletiva acontece ás 10h, no auditório da Secretaria Municipal de Educação (Semed).
As fortes chuvas que atingiram a cidade deixaram um rastro de prejuízos e até de morte. O coveiro Marcio Cristiano Oliveira da Cruz, de 34 anos, que morava na Folha 29, morreu eletrocutado quando tentava retirar móveis de dentro da casa da sogra dele, invadida pelas águas da enxurrada.
A situação mais grave ocorreu em vários bairros da Nova Marabá que são cortados pelo conjunto de canais que formam a Grota Criminosa. As Folhas 20, 21, 22, 23, 27, 28 e 29, além do Km 7, Bairro Araguaia, Alzira Mutran e Coca-Cola estavam entre as m ais atingidas. A mesma coisa ocorreu nos bairro s da periferia da Cidade Nova, principalmente nas ruas cortadas pela Grota do Aeroporto. Há quem diga que nessas áreas todas, 40% das ruas foram alagadas.
Houve protestos dos moradores, que cobravam providências do poder público e várias ruas da cidade foram interditadas. Além disso, moradores também interditaram um trecho da Estrada de Ferro Carajás.
Homens do Corpo de Bombeiros e do Exército Brasileiro foram acionados para ajudar a Defesa Civil Municipal no atendimento aos atingidos pela enxurrada. Duas reuniões de emergência aconteceram para tentar buscar soluções para os atingidos e fazer uma avaliação dos estragos e o que pode ser feito daqui pra frente.
Circulou a notícia de que uma criança e uma idosa também teriam morrido afogadas dentro da própria casa, mas o Instituto Médico Legal (IML) não confirmou essa informação. (Fonte: Marabá Notícias)
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